20 de março de 2009

LEI MORAL

COMO SABEMOS QUE A LEI MORAL EXISTE?

A lei moral é inegável Os relativistas normalmente fazem duas declarações básicas sobre a verdade:

1) Não existe verdade absoluta e 

2) Não existem valores morais absolutos. A tática do Papa-léguas ajuda a neutralizar a primeira afirmação: se realmente não existe verdade absoluta, então sua própria declaração absoluta de que "não existe verdade absoluta" não pode ser verdadeira. 

A declaração do relativismo é irracional porque ela afirma exatamente aquilo que está tentando negar.


Como Descobrir uma Lei Moral?


Um professor de uma grande universidade do Estado norte-americano de Indiana fez um de seus estudantes relativistas passar por uma experiência há não muito tempo. O professor, que estava lecionando um curso de ética, pediu um trabalho de final de semestre a seus alunos. Ele disse que os alunos deveriam escrever sobre qualquer aspecto ético de sua escolha, pedindo apenas que cada qual respaldasse adequadamente sua tese com justificativas e provas autênticas.


Um dos alunos, ateu, escreveu de maneira eloqüente sobre a questão do relativismo moral। Ele argumentou da seguinte maneira: "Toda moralidade é relativa; não existe um padrão absoluto de justiça ou retidão; tudo é uma questão de opinião: você gosta de chocolate, eu gosto de baunilha' e assim por diante. Seu trabalho apresentou tanto suas justificativas quanto as provas comprobatórias exigidas. Tinha o tamanho certo, foi concluído na data e entregue numa elegante capa azul.


Depois de ler todo o trabalho, o professor escreveu bem na capa: "Nota F; não gosto de capas azuis!" Quando recebeu seu trabalho de volta, o aluno ficou enraivecido. Foi correndo até a sala do professor e protestou:

— "Nota F; não gosto de capas azuis!". Isso não é justo! Isso não é certo! Você não avaliou o trabalho pelos seus méritos!
Levantando a mão para acalmar o irado aluno, o professor calmamente respondeu:


— Espere um minuto। Fique calmo. Eu leio muitos trabalhos. Deixe-me ver ... seu trabalho não foi aquele que dizia que não existe essa coisa de justiça, retidão, correção?


— Sim — respondeu o aluno.


— Então que história é essa de você vir até aqui e dizer que isso não é justo, que não é certo?


— perguntou o professor. — Seu trabalho não argumentou que tudo é uma questão de gosto?Você gosta de chocolate, eu gosto de baunilha?


— Sim, essa é a minha idéia.


— Então, está tudo certo — respondeu o professor. Eu não gosto de azul. Sua nota é F!


De repente, surgiu a lâmpada acima da cabeça do aluno। Ele percebeu que, na realidade, acreditava nos absolutos morais. Acreditava pelo menos na justiça. Além do mais, estava acusando seu professor de injustiça por dar-lhe uma nota F baseando-se apenas na cor da capa. Esse fato simples destruiu toda a sua defesa do relativismo.


A moral da história é que existem absolutos morais। Se você realmente quer que os relativistas admitam isso, tudo o que precisa fazer é tratá-los de maneira injusta. Suas reações vão revelar a lei moral escrita no coração e na mente deles. Aqui, o aluno percebeu a existência de um padrão absoluto de retidão por meio da maneira pela qual ele reagiu ao tratamento do professor. Da mesma maneira, posso não considerar que roubar é errado quando roubo de você. Mas veja quão moralmente ultrajado me sinto quando você me roubar.


Nossas reações também indicam que o relativismo é, por fim, impossível de ser vivido. As pessoas podem afirmar que são relativistas, mas não querem que seu cônjuge, por exemplo, viva como relativista sexual.


Elas não querem que seu cônjuge seja apenas relativamente fiel. Praticamente todo macho relativista espera que sua esposa viva como se o adultério fosse absolutamente errado e reagiria de maneira bastante negativa se colocasse em prática o relativismo cometendo adultério.


Mesmo existindo poucos relativistas que não colocam objeções ao adultério, você acha que aceitariam a moralidade do homicídio ou do estupro se alguém quisesse matá-los ou estuprá-los? Certamente que não. O relativismo contradiz nossas reações e nosso bom senso.

Até mesmo a virtude número 1 de nossa cultura amplamente imoral — a tolerância — revela a lei moral, porque a tolerância em si é um princípio moral। Se não existisse lei moral, então por que alguém deveria ser tolerante? De fato, a lei moral pede que cheguemos mais longe, indo da tolerância ao amor. A tolerância é muito fraca — a tolerância diz ''Agüente e tolere"; o amor diz


"Vá até ele e o ajude". Tolerar o mal é falta de amor, mas é exatamente isso que muitos de nossa cultura querem que façamos.


Além disso, o apelo para ser tolerante é uma admissão tácita de que o comportamento a ser tolerado é errado. Por quê? Porque não é preciso implorar para as pessoas tolerarem um bom comportamento, mas apenas o mau comportamento.


Ninguém precisa ser instruído a tolerar o comportamento de Madre Teresa, mas apenas o comportamento de alguns relativistas. Do mesmo modo, ninguém se desculpa por agir como Madre Teresa. Nós simplesmente pedimos desculpa quando agimos contra a lei moral. Não faríamos isso se ela não existisse.

Absolutos morais versus percepção mutável dos fatos.

Alguns acreditam que, uma vez que os hindus reverenciam as vacas e os norte-americanos as comem, existe uma diferença essencial entre os valores morais de norte-americanos e hindus। Contudo, a razão de as pessoas na Índia considerarem as vacas sagradas não tem relação alguma com um valor moral fundamental, mas com suas crenças religiosas na reencarnação.


Os indianos acreditam que as vacas podem possuir a alma de seres humanos falecidos, de modo que, por isso, não as comem.


Nos Estados Unidos, os americanos não acreditam que a alma dos parentes falecidos possa estar numa vaca, de modo que comem livremente carne de vaca. Na análise final, o que parece ser uma diferença moral é, na verdade, uma concordância: ambos acreditam que é errado comer a vovó! O valor moral fundamental que afirma ser errado comer a vovó é considerado absoluto pelas pessoas de ambas as culturas.


Elas discordam apenas se a alma da vovó está ou não na vaca! Essas pessoas possuem diferentes percepções dos fatos concernentes a um valor moral, mas fundamentalmente concordam que o valor moral deve ser defendido.

absolutos morais versus a aplicação deles a uma situação em particular.

Considere o dilema moral freqüentemente usado pelos professores universitários para fazer seus alunos acreditarem no relativismo। Existem cinco pessoas tentando sobreviver em um bote salva-vidas projetado para levar apenas quatro pessoas. Se uma pessoa não for jogada ao mar, todos morrerão.


Os alunos discutem o dilema, propõem diferentes soluções e, então, concluem que seu desacordo prova que a moralidade deve ser relativa.


Mas, na verdade, o dilema prova o oposto — que a moralidade é absoluta. Como? Porque não haveria dilema algum se a moralidade fosse relativa! Se a moralidade fosse relativa e se não houvesse direito absoluto à vida, você diria: "Não importa o que vai acontecer! Jogue qualquer um fora do barco! Quem se importa?". A razão pela qual lutamos com o dilema é que conhecemos o valor da vida.

Existem problemas fáceis e difíceis na moralidade assim como na ciência. Responder a um simples problema científico como "Por que os objetos caem no chão?" prova que existe pelo menos uma lei natural ou uma força (i.e., gravidade). Do mesmo modo, responder sinceramente a uma simples questão moral como "Há como justificar o assassínio?" prova que existe pelo menos uma lei da moralidade (i.e., não mate). Se existe apenas uma obrigação moral (como não mate, não estupre ou não torture crianças), então a lei moral existe. Se a lei moral existe, então existe o Criador da lei moral.


Extraido do Livro: Não tenho fé suficiente para ser ateu - Norman Geisler & Frank Turek

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