31 de março de 2009

A Salvação por meio da Graça

A Salvação é a grande obra de Deus com relação ao homem, podemos crer que através de sua presciência, Deus tinha plena consciência de que o homem iria cair em pecado e se arruinar completamente, antes mesmo de criá-lo. 

Mesmo assim, Ele o criou para Sua gloria e propôs e planejou uma maneira de redenção quando “nos escolheu nele (Cristo) antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” (Ef. 1:4).

Por sua morte Jesus Cristo, expiou os pecados dos crentes do Antigo Testamento, bem como os dos crentes do Novo Testamento “Mas agora se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas, Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem, não há distinção, pois todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus e são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, Deus o propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos sob a tolerância de Deus, para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificado daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3:21-26).

Antes dessa época, o plano de salvação não era percebido, a não ser muito obscuramente, agora o plano todo é posto ás claras para qualquer pessoa que queira conhecê-lo. Os fatos que a Bíblia ensina sobre a pessoa de Cristo são primeiro: que ele era verdadeiramente homem, ou seja, que tinha uma natureza humana perfeita ou completo. Segundo, ele era verdadeiramente Deus, ou tinha uma natureza divina perfeita. Portanto, tudo o que se pode asseverar de Deus também se pode asseverar de Cristo. Terceiro, ele era uma pessoa, eu, ou ego, que disse “tenho sede”, disse: “Antes que Abraão existisse, eu sou”. Esta é toda a doutrina da encarnação tal como se encontra nas Escrituras e na fé da Igreja.

Podemos perceber que em Efésios 1:3-6 a doutrina da eleição é expressa de forma tão clara e tão abrangente como jamais foi apresentada em linguagem humana, o apostolo Paulo ensina que o fim ou desígnio de todo o esquema da redenção é o louvar da gloria da graça de Deus, ou seja, a exibição ante a admiração das criaturas inteligentes dos gloriosos atributos da graça divina, ou do amor de um Deus infinitamente santo e justo para com os pecadores contaminados e culpados.

Para este fim, por seu mero beneplácito, ele predestinou àqueles que eram os objetos de seu amor para a exaltada dignidade de serem os filhos de Deus, que para prepará-los para este sublime estado, ele os escolheu, antes da fundação do mundo, para que fossem santos e sem mancha em amor.

No capitulo 9 de Romanos o apostilo Paulo afirma, em consonância com as predições dos antigos profetas, que os judeus, como nação, seriam rejeitados, enquanto as bênçãos da verdadeira religião seriam estendidas aos gentios. Para provar este ponto, ele mostra que Deus não estava obrigado por sua promessa feita a Abraão a salvar todos os descendentes naturais do patriarca. Ao contrario, era uma prerrogativa que Deus, como soberano, reivindicava e exercia, ou seja, tinha misericórdia de quem quisesse, e rejeitava a quem lhe aprouvesse.

Ele escolheu Isaque e não Ismael; Jacó, e não Esaú e neste caso para demonstrar que a eleição era perfeitamente soberana, ela foi anunciada antes do nascimento dos menino, antes que tivessem praticado o bem ou o mal.



Paulo mesmo era uma ilustração desta eleição, e uma prova de sua natureza totalmente gratuita. Ele era perseguidor e blasfemo, e enquanto se ocupava precisamente da atividade de sua oposição maligna, foi repentina e milagrosamente convertido. Aqui a eleição teve a graça por base, não havia em Paulo nada que o distinguisse favoravelmente de outros fariseus incrédulos.


A eleição não podia ter por base o conhecimento prévio de sua fé e arrependimento, porque ele foi levado á fé e ao arrependimento pela soberania e irresistível intervenção divina, não obstante, o que se aplicou a Paulo se aplica a todo aos demais crentes. Todo aquele que é levado a Cristo é levado de tal maneira que isso lhe é revelado á sua própria consciência, e ele abertamente confessa com a boca que sua conversão procede de Deus e não dele próprio, que ele é um monumento da eleição da graça, que ele de modo algum foi escolhido em virtude se seus merecimentos.

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